Medicina Tradicional Chinesa

Toda a essência da Medicina Tradicional Chinesa está fundamentada sobre o Qi (chi), ou “energia vital”. O Qi representa toda a energia que se apresenta na natureza, nos alimentos, na atmosfera existente no Universo. Antigos chineses diziam que o Qi pode ser considerado como a energia primordial que dá vida à matéria. O Qi circula em nossos corpos através de canais chamados de “meridianos“.

A Medicina Tradicional Chinesa reconhece a função do Qi como responsável por regular ou equilibrar os opostos, as forças de ação e reação, mental e fisicamente. Estes opostos eram chamados de Yin (Qi negativo) e Yang (Qi positivo), ou feminino e masculino. Para a MTC, as doenças resultam em diferentes escalas de densidade, variando do aspecto mais sutil para o concreto.

A MTC contém os métodos empíricos de observação que evoluíram para a complexidade de diversos diagnósticos como a tomada do pulso, fitoterapia, acupuntura, terapias holísticas, exercícios físicos, etc. Mas somente a partir do século XX que todo este conhecimento passa a ser compartilhado pela ciência ocidental que se acreditava ser detentora exclusiva dos procedimentos médicos, tecnológicos e científicos.

Para os chineses, o nível físico está diretamente relacionado com os níveis mais sutis, por isso, dada esta relação de interdependência, a análise do todo é fundamental para diagnosticar casos de desequilíbrio dos elementos que geram enfermidades.

No Brasil, o SUS, seguindo a cartilha da OMS, o uso da MTC/Medicina Complementar, em seu documento “Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional” de 2002 e 2005, estabelece que o Ministério da Saúde insira em suas políticas públicas um sistema médico complexo, que aborde de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos, e que a MTC também dispõe de práticas corporais complementares que se constituem em ações de promoção e recuperação da saúde e prevenção de doenças”